segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ihhh! A sopa de abóbora ficou verde!

A sopa de abóbora do camarões ficou verde, parecendo de ervilhas. Quem explica?
A cozinha prega algumas peças na gente. Nem tudo dá certo, pelo menos do jeito que se espera. E o que parece ser tão simples nem sempre fica parecido com aquele apetitosa foto inspiradora do prato a ser executado. Verdade que quando a foto é profissional o que vale é o visual e nem tanto o sabor ou a textura. Que o digam os fotógrafos profissionais, que preparam o material visual para publicações especializadas (na maioria dos casos os pratos estão frios, para que a fumaça não interfira na imagem).
Já fizemos muitos pratos que nem parecidos ficaram com os originais. Mesmo porque a maioria dos chefs publica suas receitas sem os detalhes que utiliza para a finalização. E aí, quando alguém se presta a reproduzir a receita, nota que nem tudo que foi dito está ali detalhado.

Divulgação
Divulgação / A sopa original da chef (servida em minimorangas), para se ter uma ideia da cor que deveria ter ficado. A sopa original da chef (servida em minimorangas), para se ter uma ideia da cor que deveria ter ficado.
Mas um prato mudar de cor não é para qualquer dia, para qualquer um. Foi o que aconteceu aqui. Tinha guardado em arquivo uma apetitosa receita de Sopa de abóbora e camarões, publicada tempos atrás pela chef Daniela Prosdócimo Caldeira, do La Table Gastronomie. Sem nenhum segredo, a princípio. Utilizava abóbora moranga, banana e cenoura e ficava naquele lindo tom alaranjado. Normal. Mas não foi nada assim que aconteceu. Mal começamos a cozinhar e, à medida que o tempo ia passando, o molho foi ficando com matiz azulada. Lembrou-me aquele “peixe azul”, servido no litoral do Sudeste, que ganha essa cor por conta da casca da banana verde que vai entre os ingredientes. Mas nossa banana não estava verde nem tinha casca. Poderia ser uma reação química com a panela de ferro que utilizei? Quem sabe?
O passo seguinte seria bater tudo no liquidificador e imaginei que aí mudaria de cor, pois soltaria o amarelo da moranga e da cenoura. Acertei, mudou mesmo de cor. Mas ficou verde (a gente aprende desde pequeno que misturando azul com amarelo dá verde, não é?), com um jeitão de sopa de ervilhas.
Ainda bem que de sabor ficou bom, talvez não o ideal, pois achei não estar a moranga tão madura como deveria. Mas como saber se ela só é vendida inteira?
Era a entrada do jantar, que teve como prato principal uns filés de tilápia bem simples e tão saboroso quanto. Vão à forma, cercados por rodelas de tomate e cebolas e cobertos por uma camada de purê de batatas cremoso. Tudo finalizado no grill do forno, com queijo parmesão para gratinar. Uma delícia!
No balanço geral, um jantar saboroso, acompanhado de um vinho branco regional alentejano. Mas a tal da sopa verde...
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