terça-feira, 21 de agosto de 2012

A primeira espuma a gente não esquece

                                                                                                                                                                                       Anacreon de TéosAnacreon de Téos / Espuma de beterraba, a primeira experiência que deu certo.

Espuma de beterraba, a primeira experiência que deu certo.
No auge das espumas me empolguei e comprei um sifão. E fiquei adiando a primeira experiência, à espera de uma receita interessante. Afinal de contas, naqueles tempos (2005, se não me engano) era só do que se falava. Porque o Ferran Adrià espumava de todo jeito no falecido El Bulli, todo mundo tinha receita para tal. Comprei o sifão, confirmando. Mas fiquei com um pé atrás, pois a coisa parecia bem mais complicada do que parecia. Aguardei um momento solene para a estreia. Era um Ano Novo, se não me engano a sobremesa seria um Morango com natas. E por que não na espuma da nata, by sifão? É a receita básica do aparelho, oficialmente um “sifão de chantilly”. E não é que tentamos fazer e deu errado? Têm lá uns macetes, sacudir na vertical, repousar na geladeira na horizontal, coisas assim. Talvez tenhamos passado por isso, mas o fato é que do sifão saiu um cremezinho bem safado, quase líquido. Quer dizer: não deu certo.
E o sifão foi pra quarentena. Longa quarentena, pois lá ficou esquecido por esses anos todos. Aí, fuçando o armário em busca de outras coisas, vi lá no fundo o tal, degredado, sem qualquer serventia. Num gesto de compaixão decidi reabilitá-lo, aproveitando o fim de semana solitário (sem qualquer cobrança ou apreensão). Pesquisei algumas receitas que havia arquivado nos últimos anos e fiz a seleção. Fiquei muito interessado em uma Espuma de beterraba, “Espuma de betterraves”, de um site francês. Poderia ser isso e fui à luta.
Deu certo, ficou bem interessante. Mas ainda acho que falta alguma instrução técnica, para total aproveitamento do conteúdo. Para uma primeira vez, sem qualquer assistência, ficou bem bacana.
Como era apenas uma entrada, beterrabas & beterrabas, seria necessário ter um prato principal. Outra receita dessas guardadas em arquivo digital: Confit de canard com arroz de lentilhas e frutas secas. Da chef Renata Braune, na época do Chef Rouge, em São Paulo (aqui, um parênteses: o melhor confit que comi até hoje foi justamente lá, no Chef Rouge, nem era bem esse, tinha um molho de frutas vermelhas, mas era divino!) e hoje prestando consultoria. Como tinha aqui a coxa confitada no freezer, foi muito fácil finalizar o processo. E o almoço de domingo ficou completo.

Para ver as receitas e mais ilustrações, clique aqui, no novo endereço do blog.

Nenhum comentário:

Postar um comentário